Por Roberto Galluzzi Jr.
03/04/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Estava com alguma suspeita pra essa primeira partida da final. O time vinha muito bem, mas… sei lá, algo no ar passava a impressão de que a tarde poderia ser pouco convencional.

Futebol é assim… erros individuais e falta de motivação são mais do que suficientes para nos presentear com a derrota. Foi duro de ver uma invencibilidade indo embora num momento tão importante.

Mas são esses momentos que testam a verdadeira força do time. Ela não é medida nos momentos de calmaria, mas quando o time precisa se superar. E agora, o nervosismo e a chance de um grande vexame acontecer em pleno Allianz, entremeado por uma partida a 3.800mts de altitude – são elementos capazes de nos arrancar da zona de conforto em que nos encontrávamos.

Essa zona de conforto ficou explícita quando uma repórter entrevistou 3 crianças palmeirenses antes do jogo, ilustrando que “não sabiam o que era perder”, que o Palmeiras ganharia de 15 x 0. Pronto, alí eu vi que a merdância estava instalada.

O Palmeiras não rende na zona de conforto. É fora dela que o time se supera e surpreende. Ao vestir o traje de “Golias”, tão enfatizado na mídia, perdemos nossa essência, nossa leveza e nossa alegria. Possa ela voltar, agora que abandonamos o traje de vencedor de véspera.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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