Por Roberto Galluzzi Jr.
25/08/2022

(Foto: Reprodução)

No final século XIX e início do XX o anarquismo estava a toda. Fosse por meio de boas ideias ou ações diretas (nem sempre tão boas), os caras aterrorizavam os governos em voga. E uma das contraofensivas governamentais era infiltrar “agentes provocadores” junto aos grupos anarquistas para causar ainda mais baderna, afastando de vez a opinião pública do dito movimento.

E agora essa. A urubuzada manda seus urubuzinhos pra levar uns cascudos e o Palmeiras ser punido pela CB(R)F? Ora, então o Palmeiras aceita a volta de jogos com 2 torcidas e na primeira oportunidade o visitante se comporta com os pés na mesa e banheiro de porta aberta. Por que será que, em se tratando de quem é, isso não gera surpresa?

A verdade é que a sociedade está evoluindo e as torcidas e o ato de torcer devem acompanhar essa evolução. No momento que um paspalho burla as regras em benefício próprio, o país retrocede nas liberdades! Se liberam a cerveja e alguém bêbado fica violento, isso denigre a própria liberdade adquirida, queimando o filme geral e ninguém vai poder beber mais.

É por causa dessa mentalidade de esgoto, pra quem as regras só devem servir pros outros, que o Brasil vive travado em leis e proibições. O infeliz não está “exercendo o direito de ir e vir” mas “quebrando a regra vigente”, burlando uma lei e justificando as antigas proibições.

Que toda violência é condenável e que cérebro de urubu é pequeno todos sabem. Mas seria útil desenhar pra eles que só num mundo onde há respeito às regras é que pode haver liberdades, presentes outrora, hoje podadas pela profusão de idiotas que assola o globo.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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