Por Eduardo Luiz
26/01/2024
Na noite de sexta-feira, algumas horas depois do Palmeiras anunciar a lesão do atacante Bruno Rodrigues, o Ge soltou a seguinte notícia:
“Palmeiras suspeita que falta de reforma da WTorre em gramado foi agravante em lesão de atacante”.
Ao usar a imprensa para passar recado/pressionar a WTorre sem ter a certeza da causa da lesão, o Palmeiras acaba se autossabotando.
Até hoje, a associação de lesões ocorridas no Allianz Parque ao gramado sintético eram apenas achismos, sem qualquer embasamento científico. Alguns levantamentos, inclusive, mostram que mais lesões aconteceram em gramados naturais. Mas agora, com o Palmeiras indicando que o gramado da arena pode ter causado ou agravado uma lesão que fará um jogador seu ficar até 5 meses sem atuar, como rebater esses achismos?
Como os outros jogadores do elenco vão se sentir atuando em casa?
Como os adversários vão reagir? Vão pedir para seus clubes que acionem federações para impedir jogos no Allianz?
Se de fato a suspeita da notícia do Ge existe, o Palmeiras deveria agir internamente, assumir a manutenção do gramado de maneira emergencial e depois cobrar isso também da WTorre via meios legais.
Indiretamente o Palmeiras acabou municiando rivais e jogando contra o próprio clube, que agora não pode mais negar a possibilidade do gramado do Allianz Parque causar lesões, mesmo que não haja qualquer comprovação.
Curiosamente, quem pode se dar bem nessa questão é o Crefisão (Arena Barueri), que hoje é administrado por uma empresa da presidente Leila Pereira. Mais um enorme conflito de interesse surgiu (quem diria!).
Que a WTorre precisa cumprir o contrato ninguém discute. Mas sabotar o próprio clube pra cobrar a “parceira” não foi uma boa ideia. Ou então foi um movimento muito bem calculado de quem definitivamente não coloca os interesses do Palmeiras em primeiro lugar.
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