Por Eduardo Luiz
12/10/2023

Uma das mentiras que a presidente Leila Pereira falou na absurda entrevista coletiva que concedeu na tarde de quarta-feira envolveu a situação do Palmeiras em 2014.

Talvez por nunca ter acompanhado o clube até 2015, Leila sugeriu que o Palmeiras não foi rebaixado porque o Santos venceu o Vitória na última rodada do Brasileirão. Os rivais gostam de replicar essa versão, mas é uma versão mentirosa.

OS FATOS:

O Palmeiras chegou na última rodada do Brasileirão de 2014 na 16ª colocação – portanto fora da zona de rebaixamento – com 39 pontos. Uma vitória diante do Athletico-PR no Allianz Parque faria o time do então técnico Dorival Júnior se salvar.

Após sair perdendo por 1 a 0, o Palmeiras buscou o empate com Henrique Dourado (de pênalti) e o placar de 1 a 1 foi o resultado final do jogo, levando o Palmeiras a 40 pontos.

Àquela altura, os 40 pontos já salvavam o Palmeiras, uma vez que o Vitória empatava em casa com o Santos e chegava a 39 pontos – 1 a menos que o Palmeiras.

Aos 49 minutos do segundo tempo, no último lance da partida disputada em Salvador, o Santos fez 1 a 0 com Thiago Ribeiro. Com a derrota, o Vitória acabou rebaixado com 38 pontos – 2 a menos que o Palmeiras. Se o Santos não vence o Vitória, o empate já bastaria para o Palmeiras não cair.

Torcedores Palmeirenses presentes ao Allianz Parque comemoraram a informação do gol do Santos pelo simples motivo de estarem aliviados com o não rebaixamento. Tal reação viria naturalmente 1 minuto depois se o jogo do Vitória com o Santos acabasse 0 a 0.

Portanto é mentira a versão de que a vitória do Santos impediu o rebaixamento do Palmeiras.

Torcedores adversários, por rivalidade, alimentam essa fake news desde então, algo natural do futebol. O que é anormal é a presidente do Palmeiras reverberar uma mentira que deprecia o próprio clube para alimentar seu ego – na sua cabeça o Palmeiras foi fundado em 2015 e a Crefisa transformou o clube, outra alucinação da empresária, que esquece o trabalho de Paulo Nobre e o fator Allianz Parque – esse sim, um divisor de águas na história do Maior Campeão do Brasil – que já ostentava esse título antes de Leila se descobrir Palmeirense em 2015.

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