Por Eduardo Luiz
15/12/2025

O torcedor Palmeirense sempre teve por característica ser corneteiro. Esse termo, aliás, surgiu graças à nossa personalidade de nunca estar satisfeito até em fases boas. De uns tempos para cá, porém, surgiu um novo personagem: o defensor de nomes.
O defensor de nomes coloca os interesses do clube em segundo plano. Para eles, dane-se o que os fatos estão mostrando. Eles se apegam ao passado ou a uma admiração infame mesmo, para defender o indefensável.
O defensor de nomes não argumenta. Ele rotula e segrega. Se você não pensa como ele, não é Palmeirense de verdade.
O mais grave da postura do defensor de nomes, no entanto, está no fato de não priorizar o Palmeiras. Acontece com quem defende a gestão Leila Pereira. Acontece com quem defende o trabalho ruim do técnico Abel Ferreira.
Os fãs da Leila Pereira, por exemplo, não questionam nada do que a presidente faz, seja em postura ou no modo de gerir o clube. Passam pano nas desastrosas entrevistas e se omitem diante de intenções como o planejamento do terceiro mandado, um golpe.
Já os fãs do Abel fazem contorcionismo para defender o trabalho atual. O que vale, para eles, é que há 2 anos o técnico foi bem. É como um passaporte para o fracasso. “Fracasso sendo tri vice?” questiona de pronto o defensor de nomes. Sim. Para o torcedor lúcido, ser tri vice no ano de maior investimento da história é fracasso, e não um ano “nota 9”.
O Palmeirense que não coloca ninguém em pedestal está completamente desiludido. Ele viu uma presidente egocêntrica criar um universo paralelo onde o técnico virou Deus. E se questiona/contesta algo ou alguém, é prontamente atacado pelos defensores de nomes. Assim a torcida se divide e o Palmeiras fica em segundo plano.
Em todas épocas ruins do Palmeiras havia nomes acima dos interesses do clube e algum tipo de segregação na torcida. Pelo jeito a história não ensinou alguns.








