Por Eduardo Luiz
11/05/2023

Falar do trabalho de Abel Ferreira é chover no molhado. Só clubistas e invejosos ainda não se renderam à competência do português e da sua comissão técnica. Os poucos que insistem em brigar com fatos, usam comparações com outros treinadores para minimizar os feitos de Abel.

É muito comum a comparação com Jorge Jesus, que fez o Flamengo jogar um bom futebol em 2019, mas durou 3 meses – de setembro a novembro. Quando foi campeão da Libertadores a equipe carioca já estava em declínio, tanto que só foi campeão graças a duas falhas do River Plate num jogo em que adversário foi muito melhor.

Além disso, em 2019 não existia um rival para bater de frente com o Flamengo. O Palmeiras deveria ser esse time, mas o trabalho de Felipão desandou depois da Copa América e na sequência a diretoria escolheu o incompetente do Mano Menezes para tentar salvar o ano, o que obviamente não aconteceu.

Sem adversários, o Flamengo de 2019 nadou de braçadas e também contou com sistemáticas ajudas do apito e com a mãozinha da CBF. Na Libertadores, se não fosse o Néstor Pitana para fabricar um pênalti contra o Emelec, talvez nem se classificasse para as quartas de final. E no Brasileirão, com absurdas inversões de mando, a equipe carioca chegou a jogar 6 de 7 jogos como mandante.

Se estou falando que clubistas brigam com fatos para desmerecer o trabalho de Abel Ferreira, não farei isso com o Flamengo de 2019, só estou trazendo fatos à discussão. O Flamengo tinha um ótimo time e não precisava desses favorecimentos que citei. Certamente levaria os mesmos títulos, mas que o apito ajudou na Libertadores, a CBF ajudou no Brasileiro, não dá pra negar.

Se o Flamengo de 2019 contou com mãozinhas para fazer história, com o Palmeiras do Abel acontece o contrário. A arbitragem da CBF já tirou o time de uma Copa do Brasil, e a arbitragem da Conmebol afanou o Verdão numa semifinal de Libertadores. Mesmo assim a história está sendo escrita. Contra tudo e contra todos.

O Palmeiras do Abel Ferreira já é superior ao Flamengo de 2019. Em termos de resultados e também de futebol jogado. É muito mais consistente, sólido e eficiente. Óbvio que não vai ganhar todos títulos e que não jogará bem sempre, mas Abel e sua comissão colocaram o Palmeiras num nível que jamais outra equipe atingiu no Brasil.

Poderia escrever alguns parágrafos para citar outros bons times que o Brasil teve recentemente, como o Atlético-MG de 2021, mas a comparação seria ainda mais injusta.

O Palmeiras do Abel Ferreira é histórico. Cabe à torcida desfrutar e torcer para que o português permaneça no clube por muitos anos, como um bom sonho que não merece ter fim.

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