Netflix quer entrar na Champions League e mudar o jogo das transmissões esportivas

Por Sarah Andersen – Conteúdo patrocinado
13/11/2025

Enquanto torcedores ainda comentam o resultado dos jogos de ontem, um movimento nos bastidores pode transformar completamente a forma como o público acompanha o futebol. A Netflix, conhecida por dominar o entretenimento sob demanda, está prestes a entrar em um território até então reservado às emissoras esportivas tradicionais: o da UEFA Champions League. Segundo informou o The Times, a gigante do streaming pretende disputar um pacote de direitos de transmissão para o ciclo 2027–2028, o que permitiria exibir uma partida por rodada da principal competição de clubes do planeta.

A proposta marca um divisor de águas. A Netflix não pretende apenas transmitir partidas, mas integrar o futebol à sua experiência multiplataforma, misturando o ao vivo com séries, bastidores e produções originais sobre o torneio. O plano é transformar cada rodada da Champions em um evento global, capaz de atrair tanto o fã tradicional quanto o espectador casual. Assim como a empresa fez com documentários como Drive to Survive (Fórmula 1) e Break Point (tênis), a ideia é conectar narrativa e competição em um mesmo ecossistema de conteúdo.

Um novo campo para disputar audiência

De acordo com reportagem do The Times, essa movimentação vem em um momento de intensa disputa pelos direitos de transmissão esportiva. Plataformas como Amazon Prime Video, Apple TV+ e DAZN já estão presentes nesse mercado e, juntas, movimentam bilhões de dólares por ano em contratos globais. A entrada da Netflix, no entanto, pode alterar a dinâmica: com mais de 260 milhões de assinantes, a plataforma tem alcance, tecnologia e reconhecimento de marca suficientes para desafiar redes tradicionais como a BT Sport, Sky e TNT Sports.

O Financial Times aponta que o valor global do mercado de direitos esportivos já ultrapassa US$ 55 bilhões anuais, impulsionado pela digitalização do consumo e pela busca por novos formatos de engajamento. Para as entidades esportivas, essa diversificação é vantajosa, quanto mais plataformas competindo, maior a valorização das transmissões. Para o público, no entanto, o cenário é ambíguo: há mais opções, mas também fragmentação e aumento de custos.

O futuro das transmissões

Se o plano da Netflix avançar, o impacto poderá ir além da Champions League. A empresa estuda modelos híbridos de monetização, mesclando assinaturas, pay-per-view e publicidade, e até recursos interativos, como alertas personalizados e comentários em tempo real. A aposta é tornar o ato de assistir a uma partida uma experiência tão envolvente quanto acompanhar uma série.

Segundo especialistas citados pelo The Times, essa convergência entre entretenimento e esporte é inevitável: as novas gerações preferem interatividade, narrativa e acesso imediato. A Netflix, ao perceber isso, não quer apenas exibir partidas, mas reinventar a forma de assistir futebol. Enquanto os torcedores ainda celebram ou lamentam o resultado dos jogos de ontem, o mercado se prepara para um futuro em que assistir futebol pode significar muito mais do que apenas ver a bola rolar.

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