Por Eduardo Luiz
16/10/2020, 00h01
Diretor de futebol do Palmeiras por 5 temporadas – de 2015 a 2019, Alexandre Mattos foi demitido pelo presidente Maurício Galiotte em dezembro de 2019 após o Verdão fracassar na Libertadores e no Brasileirão. Hoje funcionário do Atlético-MG, o executivo deu a sua versão da demissão em entrevista ao Fox Sports.
Para Mattos, sua saída do clube ocorreu por pressão política, mas ele negou mágoa com Galiotte: “É inacreditável criticar o Maurício, um dos principais presidentes da história do Palmeiras, e o tempo dirá isso. Foi 100% correto comigo, me segurou em três meses de pressão. Segurou brigas que ninguém seguraria. O negócio desandou, e ele foi honesto comigo, quando os políticos próximos dele falaram que tirariam o apoio e não aprovariam as contas”.
“Até o jogo contra o Grêmio (pela Libertadores) estava tudo certo. Mas, em cinco anos de clube, você quebra paradigma, manda um monte de gente embora que precisava e tinha ligação política. Na hora em que o negócio ficou ruim, apontaram o dedo para quem bancava, para quem se expunha, ficava na linha de frente” completou o dirigente.
Mattos negou, no entanto, que tivesse carta branca: “Sempre tive um presidente e um diretor jurídico falando sim ou não, eu não era o dono da verdade. E as pressões me deram um atestado de idoneidade, porque botaram publicamente tudo que tenho, e está tudo no Imposto de Renda” disse o diretor.
Por fim, admitindo sentir falta do Palmeiras, Mattos afirmou que não teria problema em voltar a trabalhar no clube: “É um lugar onde fui extremamente feliz, que adoro. O futuro sempre pertence a Deus. Se tem uma saudade que tenho é de estar no Allianz Parque, no entorno, com o torcedor. Ser campeão no Palmeiras é inacreditável. Não tenho mágoa nenhuma”.