Por Catedral de Luz
04/08/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Um festival de críticas contemplou o futebol da SEP nas últimas duas semanas.

Mais uma janela de transferências se fechou e os nervos da torcida alviverde alcançaram seu ápice.

Vaidade, orgulho ou exemplo clássico de teimosia?

Entretanto, alguns torcedores assistiram e procuraram nas entrelinhas a relevância de um planejamento que excluiu peremptoriamente os valores de um passionalismo exacerbado e que não fez eco à voz da maioria. Procuraram eles, na verdade, o entendimento do funcionamento do cérebro de quem preside, principalmente, para depois criticar. Enfim, da mesma forma que os irascíveis, não se omitiram.

Quando você engessa o orçamento, a criatividade tem lugar e o nosso ilustre Diretor se presta a serviços outros que não este. O “Homem” é bom de grupo, converge ideias e administra divergências como poucos profissionais, mas o clube virou a página e os objetivos foram além. A necessidade é maior do que “onze grandes camisas”. A intensidade do futebol moderno clama por um elenco diversificado e que mantenha a estratégia de jogo durante os noventa minutos. Sendo assim, e baseado na estratégia escolhida para o 2’ semestre, o trabalho de Abel Ferreira ganha destaque dobrado. Através do mesmo número de ovos da primeira etapa da temporada, o “Gajo” continua a alimentar o ego de toda a exigente coletividade alviverde – e há quem ainda questione o valor de sua competência.

Olhar à frente e vislumbrar o futuro é de uma importância tamanha que ao percebermos estrada afora as competições e o final de contrato do “Artífice Alviverde”, as preocupações aumentam. A linha tênue continua, mas as escolhas foram feitas, inclusive pelo grandioso Abel. Cumplicidade ou não, jamais saberemos. É assunto pertinente à caixa-preta.

Por enquanto ficamos com a grande vitória e aplaudimos a maneira como o time esmeraldino se reinventou.

Impressiona a obediência tática e a confiança nas palavras do “Mister”. Parece que tudo dará certo caso a forma apresentada receba o movimento atribuído pelo “Português”.

Todavia, tudo depende de uma série de fatores que se relacionam. Alguns somam a sorte entre eles.

Contudo, assim como o filósofo Emerson, eu entendo de outra forma: “Homens fracos acreditam na sorte. Homens fortes acreditam em causa e efeito”.

E você?

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.