Por Catedral de Luz
14/05/2021
Caro “Massini”, não alimentarei os animais. Contudo, não me furtarei da denúncia frente aos excessos dos tendenciosos, ora jornalistas, membros da imprensa oficial.
Da mesma forma que encontramos em outras esferas da sociedade, no jornalismo há bons e maus profissionais. Todavia, os maus se sobressaem pela língua afiada.
No futebol, a crítica dita “especializada” é palco sistemático de comentaristas que analisam a partir da cor da camisa – que torce, claro! –. E quando a cor da camisa favorecida não é a sua, a alternativa será uma segunda, como muleta, algo que faria inveja a qualquer vampiro. Porém, a conversa não vai pelo viés folclórico do “Conde da Transilvânia”.
Falamos, por exemplo, do comentário do técnico “Renato”, ex-Grêmio, aludindo a “Abel Ferreira” o adjetivo “retranqueiro”. Ou melhor, “bom, mas retranqueiro”. Enfim, uma análise desproporcional, mas valiosa em mãos profanas, principalmente quando o objetivo é inferiorizá-lo em favor de “Crespo”, técnico de um de nossos concorrentes em ascendência.
Pelo menos os algozes alviverdes têm variado e evitado a mesmice de comparar o time do “Gajo” ao time do técnico “Ceni”, embora tudo tenha voltado à baila, após a última rodada da “Copa Libertadores”.
Vencemos o “Independiente” sob a altitude da capital equatoriana. Foi nossa grande vitória desta fase, ao demonstrar foco durante os “90” minutos de jogo – não para eles, críticos contumazes! –
Bastou “Abel Ferreira” citar que não se deixou golear como fizeram outros times para a empáfia voltar e procurar comparações de cunho técnico entre os supostos rivais. Entretanto, os fatos nos levam além de meros propósitos intelectuais que enxergam aquém do próprio umbigo.
Há beleza em saber se defender, já dizia o ilustre técnico dos “Bulls” de “Chicago”. Frases fortes, iguais à máxima “Ataque ganha jogo e defesa ganha campeonato”, foram várias vezes citadas por este colunista, para explicar o quanto “Abel Ferreira” tornou o time esmeraldino competitivo e traiçoeiro no contra-ataque, virtudes que poucos – talvez três – clubes no Brasil podem se orgulhar.
Caso você faça parte da turma que propõe o futebol como algo de uma fórmula só, mude seus conceitos.
Antes de determinar e nomear “A” e “B” entenda a filosofia de jogo, pois ocupar o espaço no futebol não necessariamente depende de quem tem a posse de bola. Muitos detêm o seu poder e poucos sabem interpretar o que fazer com ela.
Não confundam objetividade e estratégia com subjetividade e imponderabilidade.
O time alviverde vai além.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.