Por Catedral de Luz
21/07/2021
Vamos temperar o caldo?
Todavia e dentro do bom senso que nos é peculiar, em nosso entendimento, “Abel Ferreira” continua a ser o ideal para conduzir técnica e taticamente o destino da “S.E.P.”.
Temos por hábito crucificar a quem posteriormente homenagearemos com uma estátua, já dizia o escritor germânico “Hermann Hesse”. Com o “Professor Luxemburgo” não seria diferente.
“Jurássico” para uns e brilhante adormecido no entendimento de seus entusiastas, “Luxemburgo” continua vagando entre o céu e o inferno. Contudo, ninguém ficará indiferente ao seu desempenho no futebol e mais precisamente à frente do time alviverde, principalmente na década de “90″, do “Século XX”. Porém, esta é uma fatia da história palestrina que hoje não nos aprofundaremos.
Curiosamente, quem passou o comando técnico e tático do futebol alviverde a “Abel Ferreira” foi o “Professor”. À época, nosso personagem em entrevistas reforçava a necessidade de contratações, fato que o “Gajo” compartilhou.
Causava espécie ver o lateral “Marcos Rocha” preso ao sistema defensivo e não subir ao ataque. Hoje, porém, tudo tem coerência. “Luxemburgo” iniciava um processo diferenciado, com saída de bola a três, onde a troca de passes eficazes de “Pitbull” e “Gòmez” completavam o desenho estratégico finalizado por “Viña”, espetado pela ala esquerda.
Alto lá! Inventar “Pitbull” de central? Coisa de Professor Pardal!… Calma Corneteiros! O “Professor” nomeara o “ex-volante” como o mais novo zagueiro dentro do elenco, onde o passe, lançamento, cabeceio, tempo de bola, bote e, claro, “menos quilômetros a percorrer” fariam dele um jogador diferenciado.
Tudo certo! Compreendemos! Mas “Menino” de ponta?… Quem falou que o jovem atleta faria o papel de extrema direita? Na verdade, o futebol posicional instaurado pelo “Português” fora originariamente manufaturado pelo “Professor”.
Acerta aqui, corrigi ali, altera acolá… “Abel Ferreira” conquista a “América” e “Luxemburgo” é queimado vivo, em praça pública, com a presença da coletividade palestrina em peso e gritando “Graças a Deus!”
Cuspimos no próprio prato?
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.