Por Catedral de Luz
24/07/2020

(Arte: MLHB)

Nós perdemos e o sabor não é agradável, principalmente quando lembramos quem nos venceu e nos devolveu à realidade, pois para crescer há muito que caminhar.

Infelizmente soubemos por intermédio dos bastidores – e aí a ressalva de que os planos podem mudar, afinal o clube nunca pode esquecer o propósito principal que é o futebol – que o objetivo mister é a “Copa Libertadores 2021”. Talvez o Estadual adoce a boca da exigente galera alviverde, mas as evidências nos permitem atestar nossos mais destacados problemas psicológicos.

Sim, a “SEP” precisa marcar com urgência uma consulta e deitar-se no divã. Dominamos mais uma vez o tradicional e ora medíocre concorrente e pela enésima oportunidade não fomos competentes para traduzir em gols a vantagem técnica.

Vários dos nossos jogadores provaram, pelo menos para mim, que embora bons não se adaptam ao estilo alviverde de ser e insistir com eles é marcá-los para o resto de suas carreiras.

Caso seja inevitável manter o planejamento inicial desta temporada, a alternativa que vejo viável seria aproveitar todos aqueles que subiram ao elenco principal e adicionarmos alguns valores veteranos, dentre aqueles que provaram entender o recado de vestir o nosso manto sagrado.

É profundamente doloroso descobrir que o que mais falta ao elenco atual “é pelejar sem aquele gosto de sangue na boca”. Esquecer aquele “lobo aprisionado no espírito e não libertá-lo”.

Mesmo que nada nos conforte e nos faça acreditar em algo contrário ao que presenciamos frente a concorrência, o campeonato continua e nós continuamos vivos dentro dele.

Mas o time alviverde, tantas vezes questionado pela torcida, agora será seu próprio algoz e deverá, sim, questionar-se o suficiente para provar que é possível reescrever a própria história.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.