Por Catedral de Luz
27/11/2023
Meu recado vai para você, torcedor.
Sim, você que me lê todas as semanas e me cutuca sobre inúmeros aspectos, menos sobre o jogo.
Será que o momento não é importante o bastante para meditar a respeito da conquista de um campeonato que parecia inalcançável
Sim, um time formado somente por bagres – afinal é assim que os inteligentes analistas das redes sociais interpretam – continua líder e faz a concorrência arrancar seus últimos fios de cabelo.
Onze jogadores – dezesseis? – foram reduzidos a dez por trinta minutos e alteraram o destino da SEP.
Na verdade, ao empatar o jogo frente ao Fortaleza ganhamos vida e folego para as três próximas rodadas.
Regulamento às mãos, Abel Ferreira transformou em vencedor um time que teimou contrariar as cornetas. Algo que não satisfez o incrédulo ao negar-lhe a frase “Não falei?”
Todavia, o homem é assim. A busca é contínua pelos “quinze minutos de fama”, mesmo que seja contra seu time de coração.
Você queria o brilhantismo da saudosa Academia? Talvez o mesmo desempenho da temporada anterior? Só que o “Brasileiro/2023” atingiu um momento onde o imperativo é conquistar, mesmo que ao custo de sangue e suor. Sucesso alcançado, aí sim voltarmos os olhares para o interior de nossos problemas e solucionarmos as pendências – embora sua ansiedade seja desmedida e confunda celeridade com agilidade, ilustre corneteiro.
Palestrinos, desabafo feito, não farei análises técnicas sobre a partida, pois o objetivo superou amplamente o desenho tático, mas Abel Ferreira continua a sobrar, o elenco supera seus próprios limites e a semana seguinte promete.
Acho que chegou a hora de torcer. Caso contrário limite-se a não acompanhar as próximas partidas. Não precisamos de falsos palmeirenses que confundem demência com racionalidade.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.