Por Catedral de Luz
16/06/2025


O futebol continua a me surpreender, porque extrapola as conveniências e impõe atitudes que a mídia se recusa a constatar.
É fato que a narrativa dos jogos nem sempre reproduz aquilo que se vê, pois contraria a linha de convencimento que se quer vender. Parece que o filme 1984 voltou à carga com toda a intensidade.
Ontem, nos EUA, a SEP deu seus primeiros passos na disputa da Copa do Mundo de Clubes e não decepcionou, embora certo cronista esportivo – que me permitirei não citar o nome – analisasse o embate e empate como “lucro aos alviverdes”. Quer me parecer inverossímil tal discurso, mais parecido com o emblemático Big Brother, personagem do filme citado acima.
Não peço ao leitor que concorde comigo. Leia, pois, a cartilha alheia. Ainda que patético, o mundo permite espaço ao ponto de vista, mesmo que seja mentira.
Na verdade – e dela não me apropriei – a SEP demonstrou superioridade frente ao time do Porto, principalmente na etapa complementar, depois que o emocional palestrino atingiu seu controle.
Longe de ser presa fácil, os portugueses protagonizaram na primeira etapa uma partida equilibrada, e mesmo assim as melhores chances foram da SEP.
Meu destaque vai para a torcida alviverde, maioria entre os 42.000 pagantes que assistiram a nossa estreia.
Os esmeraldinos fizeram o MetLife pulsar. Mais parecia um cotejo realizado no Allianz Parque, tamanho era o frisson produzido.
A perspectiva é boa para o próximo embate. Baseado no que vimos neste final de semana, Palmeiras e Porto devem se classificar. A disputa pelo primeiro lugar da chave deve se resumir ao saldo de gols, provavelmente. Entretanto, olho nele. O improvável prega peças.
Porém, a vantagem de ter uma torcida inflamada faz a diferença.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.