Por Catedral de Luz
15/02/2023

(Foto: Reprodução)

Derby é sinônimo de efervescência, nervos à flor da pele, mudança de paradigmas para quem vence.

Sendo um claro manifesto de rivalidade, na ótica da imprensa oficial (Cable New Network – CNN – por exemplo), o Derby foi considerado o 9’ Maior Clássico do Mundo (2008).

Tamanha disputa mereceu uma pesquisa há treze anos atrás (2010), por parte do DataFolha. À época, 77% dos torcedores esmeraldinos ouvidos elegeram o clube alvinegro como o maior rival – 59% de contrapartida.

Como tudo na vida, o Derby também teve seu início.

Maio de 1917, Palestra Itália e Corinthians se enfrentaram pela primeira vez O palco escolhido era o antigo Parque da Cervejaria Antarctica Paulista – futuramente adquirido pelo Palestra Itália, em 1920.

Tais adversários, díspares em forças – Palestra Itália, estabelecido há pouco menos de 3 anos e Corinthians, vencedor da Liga Paulista (1914 e 1916) e que não perdia há 3 anos ou 25 embates –, mesmo assim levaram a colônia italiana residente na capital paulista à euforia, tanto que o parque local ficou pequeno para o número de torcedores presentes (conforme o jornal Diário Popular) ao receber o que foi considerado o maior público pagante, até então (conforme o Jornal do Commercio).

A primeira etapa foi equilibrada e ambos os times criaram chances para abrir a contagem (Conforme A Gazeta e o Jornal do Commercio).

Entretanto, a partida pendeu em favor do Palestra Itália após o gol marcado pelo ponteiro Caetano, 19 anos – artilheiro único da tarde, com 3 gols (o primeiro quando lançado em velocidade, chute cruzado e forte, conforme A Gazeta).

A arbitragem do juiz “Bicudo” foi considerada imparcial (conforme A Gazeta e O Jornal do Commercio).

Consternados pelo humilhante resultado adverso, os torcedores corintianos passaram a nutrir um sentimento de revanche.

Imaginem só, um clube chamado Palestra Itália e fundado em 1914, três anos depois submetendo o adversário a um clássico 3X0 – adversário taxado como um dos melhores times da cidade (conforme O Estado de SP).

Nada é por acaso.

(Foto: Reprodução)

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.