Por Catedral de Luz
25/08/2025


Tenho acompanhado pelos canais da imprensa oficial a maneira parcimoniosa como ela trata os erros cometidos pelos clubes concorrentes da SEP e concluo que o cheiro exalado beira a frase “dois pesos e duas medidas”.
Tratar assuntos financeiros dos adversários agora recebe a complacência de quem forma opiniões. Absurdo é o método de batismo de tal incompetência. Todos coitados, pasmem. Resultados melhores ficam para depois. Afinal, a SEP peca e eles são vítimas do destino. Seria o mesmo que tratar o vômito como ligeiro indispor estomacal. Soa melhor.
Somos responsáveis por responder a cada centavo investido – e aqui não nos cabe analisar se o investimento tem a benção da maioria. A concorrência é franca atiradora e o sucesso não é acaso, mas o fracasso faz parte integral de um aprendizado – um luxo para a idade contemporânea.
Ao time alviverde resta viver a obrigatoriedade sistemática das conquistas. Todavia, esquecem eles (a imprensa) que o único dever de um time é competir e oferecer o máximo de si – ou alguém duvida de que o melhor competidor nem sempre vence?
Estamos a reconstruir um trabalho que há anos vem encontrando resultados satisfatórios. Não somos mais os mesmos de 2022, por exemplo. Vários atletas saíram – alguns pela idade e outros pelas propostas europeias, principalmente. Porém, a experiência ao lidar com o cotidiano das competições e acreditar em si – entendam como planejamento – nos fazem próximos do bom termo.
É claro que, ao comparar forças estamos próximos do CRF e não dos devedores. Porém, cuidado com as armadilhas impostas pelos oportunistas. Não nos precipitemos, pois temos o impiedoso costume do imediatismo.
Salários em dia e pagamento de contratações não são virtudes no futebol. São deveres inerentes ao caráter de cada entidade.
A frieza do calote não é estratégia. É atitude desrespeitosa de quem propaga o jogo sujo. Às vezes pode até ganhar, mas normalmente vive nas trevas de sua dor.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.