Por Catedral de Luz
10/08/2022

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Poucas pessoas presentes ao Allianz Parque testemunharam a atitude de Raphael Veiga, antes da cobrança da penalidade máxima frente o Goiás.

Momento que pouquíssimos profissionais chamam a responsabilidade e muitos buscam as sombras do anonimato, Raphael Veiga olha para Abel Ferreira e afirma categoricamente: “- Eu Bato!”

Atitudes como o exemplo citado acima diferenciam o jogador comum do jogador acima da média. Aquele que quer entregar além do simples dever de cumprir com suas atribuições. Algo como fazer a diferença. Escrever algumas páginas no livro da história palestrina.

Raphael Veiga, o mesmo que vinha de duas cobranças de penalidades máximas desperdiçadas (clássicos da Saudade e Choque Rei). Todavia, o mesmo que vinha de uma sequência brilhante de finalizações da marca da cal – 22, sendo 2018 (2), 2020 (4), 2021 (7) e 2022 (9) –.

Aliás, este atleta, o homem da camisa 23 terá um papel preponderante no jogo deste meio de semana. Afinal, é possível que o classificado apareça através das cobranças de pênaltis. Certamente, entre eles, Raphael seja um dos destacados.

Entretanto, não só de gols anotados em cobranças de pênaltis vive o futebol. É bom pensarmos em vencer o jogo durante os 90 minutos. Para isso temos estratégia e competência suficientes.

Contudo, não encaremos os tiros livres como algo prejudicial. É apenas mais um tabu a ser derrubado, entre tantos outros.

Eu enxergo meus pensamentos pautados no bom senso e eles acreditam que o enlace entre os jogadores e a torcida devem se alimentar da sinergia entre seus fatores.

Façamos da Arena um ambiente insuportável ao adversário. Ar rarefeito. Que não seja permitido respirar e que as linhas inimigas tombem, uma a uma, de maneira diferente da forma apresentada pelos palestrinos na semana passada, onde o controle mental nos permitiu chegar ao Allianz vivos e esperançosos.

Que a luz não nos abandone.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.