Por Catedral de Luz
17/06/2024
Estigma dos campeões
Novidades não faltaram desde que nos falamos pela última vez. Fora as notícias veiculadas “de canto de boca”, o resultado alcançado frente o Vasco trouxe a tranquilidade necessária para prosseguir a jornada à frente.
Vencemos os cariocas com extrema propriedade e não permitimos a eles chances de reverter o destino do jogo.
Trocamos passes em velocidade e progressividade, alternando lados e executando articulações entre linhas, fatos estes que prevaricamos nas partidas anteriores.
Deu a entender que cada jogador encontrou seu ponto de equilíbrio e o prazer de vencer se mostrou claramente.
Nomes de valor calaram as críticas e voltaram a exibir um futebol vistoso e produtivo (Raphael Veiga). Outros chegarão lá, com certeza (Zé Rafael). Mas quem parece arregaçar as mangas e demonstrar personalidade é Estevão, atleta fora da curva.
Estevão produziu duas assistências além da media e tem prospectado assumir o lugar dos jovens que partiram. A tendência é de que a cada peleja a saudade pelo fim da linha, de forma precoce aumente.
A vitória obtida não espelha que A ou B tenham razão, ao criticar ou elogiar, ao acusar ou mesmo defender, mas que a SEP encontrou o seu ponto de mutação. Em outras palavras encontrou o prazer perdido em pelejar.
Agora frente ao Atlético teremos um jogo chave. Sair de BH com um resultado satisfatório é prioridade. O que fazer? Obstinação e intensidade nas pontas das chuteiras. Repetir ou ampliar os mais de vinte arremates a gol. Só para iniciar.
Como acabar com um ídolo
Cada um escolhe o seu destino da forma que melhor lhe aprouver, mas é necessário dar sentido aos fatos para não perder prestígio com o torcedor.
Dudu não percebeu que ser ídolo faz parte do personagem que ele compôs, desde 2015, com a camisa da SEP e defendê-lo nega com aspas os fatos e a verdade.
Ele tem direito a buscar o melhor para a sua carreira, mas pela porta principal e não pela porta dos fundos. Fez uso de artifícios com os quais não estava familiarizado e construiu no silêncio dos bastidoresas quatro linhas que fomentaram sua vontade de sair do clube que definitivamente lhe projetou.
Confiou em personagem questionável e este ao menor sinal de ser colocado contra as cordas, não exitou em apontar-lhe o dedo – é claro que todos conhecem a personalidade de Mattos.
Abel Ferreira, seu Diretor Técnico passou a ter motivos para não contar com seus serviços, incentivando a SEP a colocá-lo na lista das mudanças do 2’ semestre.
Ele esqueceu dos meses fora da ribalta e foi frio ao decidir o que fazer com o futuro. Brincou com a idade e ignorou seus trinta e dois anos. A curva de seu desempenho tende a ser descendente gradativamente e as entrelinhas passam a ser importantes peças no quebra-cabeças do futebol.
Não sei se há disponibilidade de tempo para mudar os fatos colocados à mesa. O amor foi corrompido quando o camisa sete esbofeteou o clube pelo qual defende as cores e isto põe fim ao respeito. A partir do momento que o respeito termina, se encerra o amor.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.