Por Catedral de Luz
03/03/2025
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Desde 2023 a SEP não encontrava o futebol que tanto fez a torcida confiar.
Mesmo o título Estadual de 2024 não trouxe conforto à coletividade e impôs críticas ao trabalho de todos os envolvidos, mesmo aqueles que gozavam de credibilidade e unanimidade. Parece exagero, mas até o Técnico Abel Ferreira sofreu com apelidos impostos, tais como a alcunha de “Professor Pardal”.
Todavia, a estupidez de uns pode não ser associada à ignorância de outros. Afinal, aquilo que chamamos passionalismo sucumbe ao primeiro sinal de vitória convincente e as ratazanas sequiosas por terra arrasada se deixam sufocar pelo próprio veneno.
Atitudes corretas e pontuais transformam ambientes tóxicos e a chegada de Vitor Roque (Flaco agradece) fez com que as cornetas ensurdecedoras deixassem de tocar.
Findaram os excessos e o foco no Estadual voltou a ser o objetivo.
Desde o jogo frente a Internacional de Limeira, Abel Ferreira mantém uma base e pouco muda o time alviverde. Jogadores em fase insatisfatória se reencontraram, enquanto outros assumiram como lema principal “simplicidade é a alma do negócio estabelecido”.
Habitualmente feitas em passado próximo, as triangulações voltaram pelas laterais do campo e o perde pressiona na intermediária adversária passou a ser executado com responsabilidade e virtude. Normalmente pesada, jogos atrás, a bola superou a gravidade e se demonstrou leve e a criatividade dos lançamentos em profundidade associou-se à lucidez e se metamorfoseou em contra-ataque.
Pouco para você? Entendo. Entretanto, até bem pouco tempo atrás, o adversário do último sábado fora batizado como “Borussia do ABC” e o silêncio tendencioso retornou, firme e forte. Só você não notou que o nosso nome é Sociedade Esportiva Palmeiras.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.