Por Catedral de Luz
04/09/2020

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Eu não estou convicto do que devo fazer, porque, na verdade, não sei quem sou.

Assunto esse para psicólogo? É provável! Talvez mudar de divã e, necessariamente visitar os conceitos de um novo profissional.

Eu não me conheço. Até surpreendo-me com as releituras que faço de minhas ideias.

É bom reavaliar-se sobre velhas opiniões e não ser escravo dos próprios pontos de vista.

“Guilherme Paladino”, você está certo. Propor mudanças, quando o processo não é eficaz, não tem prazo de validade. Nós não precisamos esperar o óbito para entendermos que o antibiótico ministrado deve ser substituído.

Não vejo motivos para continuarmos esse jogo de incertezas. O problema incidiu sobre a autoridade e o custo da inércia pode ser desproporcional, quando falamos de um clube chamado “S.E.P.”.

Erramos nas escolhas, Palmeiras. Erros que nos perseguem, desde 2015 (Oswaldo de Oliveira e Marcelo de Oliveira), não é verdade, amigo “JG”?

Erramos por descontinuarmos um bom trabalho (Cuca, 2016) e abusarmos no tempo concedido a outros menos satisfatórios (Eduardo Alexandre Baptista, 2017 e Roger, 2018).

Erramos por negligenciarmos o veneno político. E quando este propagou sua sentença de morte – porque na política não temos amigos, apenas acordos –, nós escalamos os mesmos mártires de sempre (Scolari e Vanderlei Luxemburgo da Silva).

Erramos Presidente. Propor um CEO submisso a um comitê de personalidades notáveis é permissivo, mas o que não é permissivo é falar em mudanças profundas no plano tático e não ousar nas ideias e materializá-las.

Enfim, amigos, a crise de identidade é clara.

Ao falarmos de “História” só há duas formas de contá-la à sociedade. Através de suas mudanças e permanências. Quanto às mudanças, elas nos convidam ao rompimento de certos valores. Quanto às permanências, elas nos alertam que nada ou ninguém é definitivo.

Palmeiras: É hora de fazer “História”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.