Por Catedral de Luz
24/03/2023

(Foto: Reprodução)

Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/ GALOPE PEREGRINO”, datado de 16/09/2013 e batizado pelo nome “CONVERSA COM DEUS”.

À época citamos Oscar, um dos maiores jogadores de basquete formados no país, ex-atleta da SEP e prova incontestável de que os craques do esporte tem seus momentos de diálogo com Deus, principalmente quando o jogo demanda atitude dos grandes artífices.

Atualmente a “III Academia” é a resposta clara que corrobora com o exposto acima.

Abel Ferreira construiu um time vencedor a partir das incertezas cultivadas pelo torcedor alviverde. Algo apenas possível por intermédio da simbiose entre a vontade de crescer do grupo de trabalho e a fé advinda do “Alto”.

Silenciosamente, através de trabalho contínuo e obstinação, nós nos tornamos aquilo que hoje todos respeitam.

CONVERSA COM DEUS

Oscar, um dos maiores jogadores de basquete da História, em recente entrevista afirmou ter conversado com Deus, durante jogos decisivos de sua carreira.

Oscar falava de algo similar ao êxtase, quando parece que o adversário congela e o escolhido – o craque da vez – é a única criatura capaz de produzir efeito à causa do momento. Hipnose?

Enquanto atleta, no entendimento de Oscar, um elemento fomentava o objetivo. Causa e efeito dependiam dele. A confiança depositada no escolhido por parte do torcedor era fundamental.

Oscar ao produzir vitórias respondia às ansiedades encontradas no íntimo de cada torcedor. Essa confiança entre escolhido e escolhedor era plantada dentro do elenco e a “conversa com Deus” uma consequência dessa sinergia.

Pergunto: É possível que a sinergia exista entre a equipe alviverde e seus simpatizantes e da forma explicitada acima?

Exigente, o torcedor consegue enxergar as limitações do time, embora cobre dele mais do que ele pode oferecer. Entende que o Palmeiras é um grande clube e que provavelmente voltará a ser forte, dentro das quatro linhas, mas critica seu desempenho como se ele fosse representado pelo germânico Bayern München.

Em virtude da forma como a imprensa publica nossas notícias, nossos adversários entram em campo de forma insuflada e fazem do jogo uma guerra de guerrilha. Acham que a tática pode operar milagres e confundem violência com virilidade. A tendência de nossos jogos é terminarem cobertos em polêmica, salvo melhor juízo ou arbitragem.

Porém, as cobranças prosseguem, não bastassem as notícias de duplo sentido, os concorrentes querendo ganhar à fórceps e a arbitragem permissiva. Infelizmente, a torcida divorciou-se da equipe esmeraldina.

Psicologicamente é hora de trazer alegria de Florianópolis. Equipes como o Avaí (6’) não podem envolver o “grande Palmeiras” com a pura garra dos competidores.

Quem sabe depois o final de semana reserve a casa cheia, pois é hora da sinergia materializar a “conversa com Deus”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.