Por Catedral de Luz
06/05/2022
Comentarista da TV Globo, Casagrande é conhecido por análises redundantes e precipitadas. Entretanto, uma delas saiu coesa e com ares de desabafo.
Ao questionar o trabalho de Jorge Jesus, enaltecido por torcida e crítica especializada, Casagrande não diminui o trabalho do “Mister”, mas coloca limites nos elogios.
Para que os excessos sejam dirimidos, o ex-jogador evoca o trabalho competente executado por Abel Ferreira à frente da SEP.
Enquanto J. J. brilhou uma temporada no clube da Gávea e partiu para Lisboa descontinuando um trabalho de sucesso, o “gajo alviverde” conta duas temporadas e em franco crescimento quanto aos planos estratégicos, ao atuar nas várias frentes de embate que o clube do Allianz Parque se envolva.
Casagrande cita o termo “contraprova” para por um término na polêmica.
Abel Ferreira conheceu o céu e o inferno de sua estadia na SEP, ao contrário de J.J. Este último desconheceu as fases ruins que o futebol proporciona e mesmo assim cultivam-lhe como um deus.
Casagrande alude por intermédio de frases envolvidas em sentimento irascível que os mesmos críticos que maldizem Abel Ferreira estendem o tapete vermelho para J.J., em profunda sintonia com a carência de isonomia.
Alguém falou em bairrismo? Anos 70? Século XX?
A resposta vem com menor corte, mas com maior profundidade. Ao redor das quatro linhas e do torcedor que mais tarde travestido de cronista forma opinião.
Clubismo? Acertou!
Alegria ou razão? Façamos nossa escolha. Não podemos alcançar ambos.
Nem o Casagrande dimensionou o tamanho do cacho de marimbondos.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.