Por Catedral de Luz
13/05/2024
As linhas do texto, ao contrário de que possa parecer, não nos remetem ao clássico da MPB de 1972. Jobim não imaginava que o Rio Grande do Sul fosse acometido por uma tragédia anos à frente.
Guardadas as devidas ressalvas, a coletividade alviverde também não esperava o resultado aferido neste final de semana.
Entre a fase depressiva de Jobim e as águas tomarem conta da capital gaúcha – e arredores – inúmeros palestrinos lamentaram a derrota – não é motivo para sorrir, é claro.
Entretanto, vale refletir: É passageiro, algo acidental, ou teve início o começo do fim, assim como os infelizes profetas do apocalipse – Turma do Amendoim, na verdade – costumam preconizar?
Criatividade limitada, arremates imperfeitos e a improbabilidade de alguns lances – afinal… se a bola não fosse desviada pela barreira, no lance do primeiro gol e Gómez não interferisse no curso da pelota, talvez comentássemos a perda de dois pontos, em virtude de uma penalidade máxima desperdiçada por Raphael Veiga.
Heróis? Bandidos? A SEP continua a ser caracterizada pela pluralidade adjetiva de seus jogadores, os mesmos que já foram carregados pelos mesmos torcedores que hoje decapitam suas cabeças. Conforme Warhol, “No futuro, todos serão mundialmente famosos por quinze minutos”.
O próximo embate nos permitirá a escolha entre atirar tomates ou flores aos atletas, mas uma coisa me incomoda: O que faremos com os excessos?
Enquanto isso, a WTorre conta seus metais e não paga a SEP – esta, engessada pelas armadilhas de um contrato.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.