Por Catedral de Luz
05/04/2024

Guarde a sua corneta e vista uma das camisas mais tradicionais da SEP – sabe aquela fabricada pela Athleta, das últimas décadas do Século XX, anos 70 mais precisamente?

Exatamente, caro leitor. Bandeira branca. Paz ideológica. Nossos interesses sociais – afinal, somos uma Sociedade! – se sobrepõem aos individuais.

Conquistar um tricampeonato após “90” anos é um fato a se destacar. Difícil de se alcançar, não é justo ignorá-lo, mesmo sendo um desgastado campeonato, como bem sabemos o Paulista é.

Todavia, mesmo sendo um “Paulista” vale pela rivalidade e pelo charme contido na lembrança de cada uma das conquistas, pois infeliz é aquele que dá de ombros para o passado.

Quer acabar com a magia do manto sagrado da SEP? Praticar a lavagem cerebral que hoje – por exemplo – teima desrespeitar cada título que o orgulho ignora? Desconversar sobre o futebol e o Século XX? Fazer dele uma janela no tempo, vazia, cheia de nada, quando tantas foram as emoções vividas?

Passe adiante tal mensagem. Não custa agregar. Somos alviverdes. Mais do que palestrinos, como diria quem tanto contribuiu: “Todos somos um”.

Acreditamos em Abel Ferreira e no time montado à sua imagem e semelhança. Sendo assim, por que cargas d’água não confiaríamos nele?

Confiar está além de acreditar.

Eu acredito e por consequência confio. E você?

Não lhe cobro resposta. Espero apenas que você vista o manto sagrado neste final de semana e dê seu grito primal: “Prazer! Meu nome é Palmeiras!”

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.