Por Catedral de Luz
06/06/2025


Reverenciado por “quase” toda a coletividade alviverde, Paulo Nobre também é lembrado por algumas frases de efeito. Chamar os torcedores esmeraldinos de leais – e não fiéis – é uma delas.
Salvador para aqueles que o veneram, Paulo Nobre acertou em cheio ao fazer uso de meras conjecturas de uma língua que permite – graças a Deus! – escolhas.
Escolhas? Cada um faz as suas e não paga recibo a quem quer que seja. A arte de falar é um direito, mas carrega consigo o dever de ser responsável por aquilo que fala: – Falou? Assina!
As redes sociais servem como condutores de ideias, mas permitem que seus autores se escondam. Ao contrário do que possamos nós concluirmos, a maioria deixa de ser criativa e passa a ser covarde, porque não assume.
A ofensa é gratuita e embora erro crasso serve de alicerce para defesa de ideias. Algo assim como – “Todos merecem o meu respeito se pensarem da mesma forma que eu”.
Já dizia o amigo das letras, Nelson Rodrigues: “– A unanimidade é burra”. É verdade! Ninguém te obriga a pensar igual a quem quer que seja. Basta respeitar o raciocínio alheio e a recíproca será verdadeira.
O amigo não gosta do técnico Abel Ferreira? É direito Divino emitir seu ponto de vista – e não falamos do brilhante Ademir -, contanto que não ofenda o alvo da crítica ou quem pensa inversamente proporcional.
Jogador ruim é bagre? O uso inadequado de vocabulário pobre atesta tudo, menos crítica – e todas merecem lugar quando o assunto é criticar construtivamente, coisa inexistente nos anais contemporâneos.
Errar é humano, claro. Porém, quando o assunto é pessoal.
Ao falarmos de alguém, o erro é culpa e vale uma passagem de ida para o inferno.
Por que não mudarmos o conceito?
Está na hora de amadurecer.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.