Por Catedral de Luz
04/06/2021
Futebol é uma espécie de ópio que nos entorpece. Quanto mais consumimos dele, menos sabemos de seu universo.
Não há fórmula pronta para explicar seus obstáculos e armadilhas.
A seu respeito, tudo aquilo que falamos ontem pode não ser aquilo que falaremos hoje. Isso é bom. Evite o lugar-comum e nos defende das amarras escravistas contidas nas palavras que proferimos.
Isto posto, depois de dois dias do último sorteio da “Copa Libertadores” e de minhas participações em lives da “Mídia Palestrina” percebi que sobra sempre para alguém a responsabilidade indigesta de um trabalho impopular. Não poderia ser diferente. Afinal, não é fácil gerir os negócios de um esporte que agrega milhares e milhões. Sempre há quem mereça o patíbulo.
Depois das histórias contadas no intervalo de tempo citado acima, alguém que fale a língua do bom senso e esqueça o lado passional, tarefa maldita que qualquer torcedor alviverde odeia com todas as forças, é absolutamente imperativo.
Depois da “farra do boi” promovida pelo antigo “CEO”, fato este que promoveu sua saída da “S.E.P.”,a torneira foi fechada e os investimentos reduzidos sensivelmente, com as inevitáveis críticas da coletividade.
Claro que o efeito produzido nasceu da “licença para matar” oferecida pela Presidência ao “Senhor das Armas”. Metáforas à parte, com a porteira escancarada, a prudência pediu passagem e antes de uma tragédia com proporções incalculáveis fez valer a lucidez.
A competitividade foi mantida, mas ao custo de sangue e suor. Trabalho e competência, com a interferência da sorte nossa de cada dia.
A tentativa de se repetir a “tríplice coroa” com a mesma estratégia de 2020 parece nítida. Só não sei se a concorrência cometerá os mesmos erros – acredite: o futebol é feito do aproveitamento dos erros cometidos pelos antagonistas –.
Embora as dificuldades continuem, as chances prosseguem. Construímos uma estratégia, apesar de um pessimismo exagerado que sempre visitou as exigentes cabeças esmeraldinas.
O fato é que nós entendemos de maneira geral que “poderia ser menos dolorido” – não é certo, “Massini”? -.
Quanto mais entendemos assim, mais pensamos a respeito e mais sofrimento contraímos.
Mas isto acontece desde os tempos da eterna “Academia”.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.