Por Eduardo Luiz
06/05/2020, 09h11
Time brasileiro com o segundo maior faturamento da temporada passada (ficou atrás apenas do Flamengo – 950 x 650 milhões), o Palmeiras já está enfrentando as consequências financeiras imposta pela pandemia do novo coronavírus.
Sem jogos há quase 2 meses, o clube perdeu a totalidade da renda de bilheteria – em 2019 superou a marca de R$ 60 milhões – teve parte das cotas de TV bloqueadas e/ou parceladas, e viu a receita vinda da torcida diminuir (clube social e sócio-torcedor). A boa notícia foi a manutenção do pagamento integral por parte da Crefisa/FAM e da Puma.
Na entrevista que concedeu ao jornalista Jorge Nicola, o gerente de futebol Cícero Souza deu um panorama geral da situação: “Houve por parte da detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Paulista, num primeiro momento, uma cota segura, depois ela começa a ser paga de maneira fatiada. Houve, por parte da mesma emissora, redução significativa de uma cota do Campeonato Brasileiro. Tivemos uma perda total com bilheteria, e o Palmeiras é um dos clubes que mais arrecada. Houve redução do plano social, não tão significativa, assim como do Avanti, também teve redução mas não tão significativa, e fica aqui nosso agradecimento aos sócios do clube e Avanti, que estão possibilitando ao Palmeiras tomar as decisões que está tomando nesse momento. Lojas licenciadas, vendas de camisa… Tudo isso cessou. O tamanho da perda é grande, ainda não é tão quantificável, mas é expressivo”.
Ainda antes da paralisação, mesmo sabendo do tamanho da crise que estava por vir, o Verdão foi um dos clubes que liderou a interrupção das atividades. Cícero Souza também falou sobre essa postura.
“Quando começou a pandemia o Maurício deixou bem claro que a postura do Palmeiras seria uma postura a favor da saúde. No primeiro momento qualquer atitude ou manifestação do clube seria a favor da saúde. No segundo momento, já compreendendo um cenário de perdas, entraríamos na discussão financeira, e ainda haverá o momento da questão técnica” encerrou.