Amigos Palestrinos, bom dia.
O que faz um time ser grande?
Diante de tanta discussão, se é tamanho de torcida, número de títulos, vitórias sobre o rival, me pergunto: O que realmente importa para um time ser grande?
Um garoto nasce em 1973, ano em que a academia conquistava o segundo do título consecutivo do campeonato brasileiro, um time espetacular que jogava como uma linda melodia de Beethoven. Ele cresceu e aprendeu com o pai a vestir o manto a comemorar vitórias e a chorar em derrotas (Cornetar também, é óbvio).
Não se lembra do título de 1976, afinal com três anos de idade mal sabia chutar a bola, e com o passar do tempo viu seu time amargar um período de vacas magras, de gestões desastrosas que culminou em 17 anos sem levantar uma taça.
Esse menino, mesmo sem ter comemorado um só título, empunhava com orgulho a bandeira verde e branca, se vestia comas cores do time e ia para escola, aguentava todas as risadas, os insultos, mas batia no peito e dizia: “O sangue que corre em minhas veias não é vermelho igual aos de vocês, é verde assim como nosso manto”.
E se passaram 20 anos, ou menor, 19 anos e sete meses, para que ele pudesse socar o ar, abraçar os amigos, “bestemmiar” contra os adversários, esmurrar a parede (mas dessa vez de felicidade) e finalmente gritar: É CAMPEÃO!
E como foi comemorada, vitória contra o maior rival, os mais indigestos rivais que tanto o aporrinhavam, com quatro gols, após uma imitação tenebrosa de porco feita por um jogador dentro do campo, ele finalmente, levantara o brasão do nosso time pelas ruas da cidade gritando a todo pulmão.
Mas o que tem essa história com a grandeza de um clube? Para mim tudo. Só podemos dimensionar uma instituição pelo legado por ela deixado, pelas recordações que ficam nas mentes, registradas pelos livros de história e pelas câmeras de TV, portanto não me importa o que pesquisas apontam ou deixam de apontar, mas um time que fez um garoto ama-lo dessa forma, um clube que faz uma mãe ir aos jogos e narrar para o filho, é sim um clube GIGANTE.
“Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço. Não do tamanho que as pessoas me enxergam” (autor desconhecido).
Este texto é uma homenagem a todos meus amigos que passaram pelos anos 80 e que hoje gritam ainda mais forte…. SOU PALMERIAS ATÉ MORRER.
Avanti Palestra
Leandro Santile