Por Eduardo Luiz
17/04/2020, 00h37 – Atualizado às 13h16
Na mesma entrevista em que falou da sua demissão do Palmeiras, o diretor de futebol Alexandre Mattos, hoje no Atlético-MG, também comentou a polêmica contratação do atacante Carlos Eduardo por 6 milhões de dólares – é o reforço mais caro da história do clube.
Mattos não se eximiu da responsabilidade pelo negócio, mas disse que o mesmo foi avalizado por todo departamento de futebol.
“Tenho a minha responsabilidade pelo Carlos Eduardo, mas foi aprovado e embasado por todos: departamento financeiro, Felipão e presidente. Como adquirimos outros que deram certo. Erros e acertos acontecem, mas acertamos muito, muito mais. E não foi por que o Carlos Eduardo foi para o Palmeiras que o mundo acabou” disse o executivo, ao Fox Sports.
Crítica frequente da torcida nas redes sociais, Mattos explicou porque sequer tentou contratar Bruno Henrique, que saiu do Santos para o Flamengo por uma quantia um pouco inferior.
“O Maurício me ligou falando que o presidente do Santos estava chateado com o Flamengo, perguntou se eu queria o Bruno Henrique por 10 milhões de euros mais o Raphael Veiga. Falei que não era certo, o Maurício concordou, e o Bruno Henrique foi para o Flamengo por 5 milhões de euros. Ninguém quer vender para rival” justificou.
Mattos lembrou que Bruno Henrique vinha de um ano ruim pela equipe da baixada: “O Bruno Henrique vinha de um ano de oscilação no Santos, era reserva. Virou o que virou agora, por mérito dele, mas não fez parte dos pedidos da comissão técnica, que colocou duas ou três situações, sendo uma delas o Carlos Eduardo. É muita sacanagem falar que se pagou a mesma coisa”.
Após marcar apenas 1 gol pelo Palmeiras, Carlos Eduardo foi negociado com o Athletico-PR por R$ 4,9 milhões (referentes a 20% dos direitos econômicos). O jogador assinou um empréstimo de 3 temporadas com o novo clube.