Por Catedral de Luz
02/12/2024

(Foto: Reprodução)

Assim como qualquer homem de caráter – falamos da espécie e não do gênero –, aqueles que performam nas linhas da SEP acertam e erram; ganham e perdem; levantam taças… Enfim competem – e mais do que outros termos a serem utilizados, eles aprenderam a amar o clube pelo qual trabalham.

Tomando como parâmetro os valores mencionados acima, cabe a cada torcedor a inteligência necessária para entender o futebol como algo cíclico e que se renova periodicamente.

Embora compreensivo, mas que algumas eminências viram as costas para a realidade, porque contraria a personalidade narcisista que reside em cada um, não se vence a tudo e a todos indefinidamente. Afinal, a virtude não é exclusividade da SEP.

Porém, a ineficácia de um olhar objetivo e apurado permite que alguns se utilizem de frases feitas e que justifiquem o fracasso de forma simplória, como se a derrota fosse uma troca de roupas cotidiana.

Vale agora regurgitar que não vencemos os melhores do Brasileiro/ 2024. Falam em G6 e G8. Tudo depende de quem você quer atingir e ferir com o veneno de suas palavras.

Experimentemos do mesmo veneno. Afinal, desde 2022 a SEP jogou 112 partidas pela Liga Nacional. A saber: 2022: 23V, 3D, e 12E; 2023: 20V, 8D e 10E; 2024: 21V, 8D e 7E; Total: 64V, 19D e 29E. Aproveitamento de 66%. Como explicar que um time incompetente e que não vence os melhores conquiste os dois últimos campeonatos e seja o segundo atualmente?

– Os números são um tanto frios! – diriam Enzos e Amendoins. Na verdade, o calor estatístico é fruto desses personagens nefastos apenas quando os mesmos interessam.

Esses personagens não se dignificam a respeitar ninguém. O negócio deles é desmontar o que foi construído. Constantemente.

Enzos e Amendoins se alimentam de novidade. Como crianças insaciáveis anseiam por novos brinquedos. Ganham, e brincam por trinta minutos. Depois encostam e pedem outro.

Assim como um adolescente comum, eles amadurecem. Achamos que a personalidade será manufaturada da melhor maneira possível. Engano. O vocabulário limitado e a falta de argumentos ao discutir os vários assuntos – inclusive palestrinos – são regados a ofensas e distratos contínuos – que o diga a colega de Mídia Palestrina, Patricia Oricchio.

Enzos, Amendoins e assemelhados, assim como qualquer família ou nicho social merecem respeito e espaço para falar. Porém, de forma educada, civilizada e parlamentar. Alguns deles são formadores de opinião e como tal devem ser responsabilizados pelas sandices cometidas por “moleques alienados” que compram ideias e não sabem o que defendem.

Critiquem, mas respeitem a diversidade. Em mulher não se bate. Quer sejam por intermédio de palavras ou flores.

Troquem a covardia da rede social pela medida de sua coragem quando comentam algo. Cresçam mentalmente. Não comprem ideias ainda não interpretadas.

Acumulem pontos de vista, mas não façam deles verdades absolutas.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.