Por Roberto Galluzzi Jr.
08/11/2024
Porque não nasceste brasileiro, não sabes de nossas coisas e por isso, eu venho aqui humildemente para lançar-lhe o recado. Pois bem, preste atenção, foco e determinação.
Abel: NÃO NOS LEVE TÃO A SÉRIO. Sim! NÃO NOS LEVE TÃO A SÉRIO.
Séria é a realidade de quem mal tem o que comer e é despedido no fim do ano. Sério é sermos o país que mais mata, no mundo. Séria é nossa deseducação e desigualdades galopantes. O resto a gente quer mais é tirar onda.
É sério: o brasileiro é fofoqueiro, noveleiro e corneteiro. De nascimento. De DNA. Não sei como são os portugueses, mas suspeito que haja algo em comum a nos unir…
Pois bem Abel… tú que és um dos maiores que vi nos meus quase 50 anos de futebol, que trouxe inovações e conceitos antes impensáveis por aqui, precisa… virar a chave.
E pra virar a chave você precisa entender nossa índole pueril, juvenil, infantil. O brasileiro tem alma de criança. E as vezes essa criança fica birrenta… saiba conduzir com leveza, senão a situação piora.
Pra finalizar… brinque um pouco com a derrota. Ria de si mesmo. O Palmeirense é irreverente. Use da irreverência, sempre respeitosa, pra não deixar seu coração escurecer-se sob as infames notas da idiotice e da cornetice.
E lembre-se: o Palmeiras é o time da virada… o Palmeiras é o time do AMOR.
Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.
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