Por Catedral de Luz
04/101/2024

(Foto: Divulgação)

Às vésperas de um dos clássicos mais tradicionais do futebol brasileiro poucos percebem que o esporte respira por aparelhos e a guerra de guerrilha come solta.

A rivalidade tomou proporções perigosas e as mãos dos litigantes são sensíveis ao extremo e a vida está à beira do holocausto.

Futebol é esporte e com tal não julga quem morre ou quem vive. Alguém ganha e alguém perde. Somente isso.

A SEP vencerá ou não. Fará a alegria do torcedor ou não. Entretanto, a vida continuará. Nós voltaremos nossos olhos à realidade e no dia seguinte o trabalho nos receberá para mais um dia.

Após um Derby contabilizamos heróis, derramamos suor e às vezes sangue ocasional. Todavia, a regra é competir, equilibrar ataque e sistema defensivo e demonstrar superioridade estratégica. Somente isso.

Exageros não nos permitem a felicidade. A embriaguez nos leva à superficialidade e quando o efeito passa nos sobra valores inexpressivos, semelhantes ao vazio profundo.

Eu quero que o Palmeiras vença? Claro! Porém, dentro das quatro linhas e sendo superior – o que técnica, tática e estruturalmente ele é, porque planejamento gera conquistas e não é do dia para a noite.

Estou envelhecendo e não sei quantas manhãs mais assistirei. Aproveitar cada momento como se fosse o último é a voz que fala alto, mas não com a criminalidade estampada em minhas mãos.

Viva a vida e ame a SEP, pois ela é parte dos raios do sol.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.