Por Catedral de Luz, 06/03/2020
Parece. Pelo menos é o que fala a prepotência.
Porém, até para ser honesto com as evidências, assisti a concorrência após o nosso jogo frente ao “Tigre”.
Percebi que o inquestionável adversário carioca é feito de carne e osso, e até sangra, como qualquer mortal.
Não só isso, ilustre leitor, mas “Barranquilla” assistiu algo inferior ao produzido pelo “Palmeiras”, em “Victoria”.
Catedral, você foi longe demais – diriam os céticos. Entretanto, basta assistir os jogos novamente e constatar.
“Libertadores” é outra vibe, palestrinos. Peleja é guerra, sangue nos olhos e faca entre os dentes. Nem sempre a técnica apurada e a tática de vanguarda produzem o efeito esperado. Na verdade, útil e agradável tornam os competidores candidatos em potencial.
Quando penso no time alviverde, imagino o longo caminho de ajustes à frente. Mais tarde a tendência é enfrentar adversários com melhor poder de fogo, e aí, inapelavelmente, não podemos dar sopa ao azar.
Mas se por um lado encontramos a “SEP” em franco desenvolvimento, seu adversário carioca atingiu o lugar máximo no pódio e manter-se dá trabalho, na mesma proporcionalidade ou mais.
Nosso sistema defensivo é a peça melhor definida, mas em contrapartida o meio de campo precisa se acertar, para que o sistema de ataque seja alimentado e não viva de sobras.
Por enquanto vamos pelo viés silencioso, em busca de serenidade e trabalho incansável.
Contudo, que fique claro: “A realidade também sangra. Isso, eu não tenho dúvidas”.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.