Por Catedral de Luz
23/09/2024

O otimismo resiste às vozes contrárias e não seria diferente. Enfim, sempre foi assim nesses mais de 100 anos de história. Coragem e medo se alternam e pedem passagem, apesar do sucesso dos últimos anos. É o jeito alviverde de ser do torcedor.

Já incomodou mais. Acho que passei a entender a forma de acompanhar o jogo de alguns esmeraldinos e suas cornetas envolvidas em suplicas, apropriadas ao modo de encarar e expressar a vida. Suas maneiras de torcer estão em conformidade com o seu modus operandi do cotidiano. Alegria e tristeza se intercalam e frase de música vira trilha aos seus ouvidos: Afinal: “O que existe na vida são momentos felizes”

Vencemos e não comprometemos o desempenho na tabela. O retrovisor adversário continua a enxergar o verde de nossa camisa, embora alguns analistas coloquem as cores do time de coração pelo qual torcem como parâmetro para suas inferências. Nelas, a SEP não faz mais do que obrigação, como se um Brasileiro fosse consolo a quem não conseguiu algo melhor.

Pois é! É assim que as lendas urbanas tomam forma e movimento – dando ouvidos e voz ao desprezo do trabalho alheio. Assim aconteceu com o controverso – para eles – título de 1951 – mesmo que assistido por mais de 75.000 torcedores – e fomos econômicos nos números.

O incômodo não é nosso, caros amigos. Ele nasce na pródiga mente dos que conspiram contra. Aqueles que esbanjaram o passado vitorioso e dormiram sobre as conquistas e pararam de produzir por suas coletividades. A elas há desvios de comportamento que precisam de esclarecimento, à luz dos fatos.

Enquanto isso prosseguimos. Ecoamos ao som do silêncio. Por intermédio dos gols de López, das defesas do goleiro Wéverton e da couraça protetora de Gòmez, dado como encerrado por alguns.

Aos nomes citados paramos? É claro que a resposta é não.

Todos e tudo a seu tempo.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.