Por Roberto Galluzzi Jr.
06/03/2024

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Não é a primeira vez que a seleção vem e leva o que tão bem nos faz. Lembro do Telê em 1980, que vinha montando um grande time por aqui e foi chamado. Agora vieram buscar o Cícero Souza, que após 9 belos anos à frente de nossa gerência de futebol, resolveu, com justiça e propriedade, servir à camisa nacional.

O problema é que olhar pros últimos 9 anos do Palmeiras é justamente olhar para um dos períodos mais vitoriosos de nossa história. Nesse contexto, o profissional que agora perdemos esteve inserido, direta e permanentemente.

A pergunta é: quem virá? Alguém por ele indicado? A presidente Leila irá tirar algo da cartola? Irá se posicionar nesse momento delicado? Tudo o que ela menos queria seria perder alguém de extrema confiança do seu staff. Mas seria impossível frear o consumado.

Gerência de futebol pode ser algo absolutamente supérfluo ou fundamental, dependendo da estrutura e do peso hierárquico-administrativo de um diretor de futebol ou comisssão técnica. O fato é que no Palmeiras, Cícero foi uma figura de destaque no processo de “excelência em todos os departamentos”, implementado ainda na era Nobre e é dele que não podemos, de forma alguma, nos distanciar.

Excelência. Na veia, na mente, no coração e nos processos administrativos e pessoais. Nível máximo de foco, profissionalismo e competitividade. Exigência máxima, acima da média e ainda de quebra, jogo de cintura. Jamais teremos um novo Cícero. Mas podemos (e devemos) buscar alguém que trilhe o caminho que ele tão bem ajudou a construir.

A tempo: obrigado Cícero, sairás admirado! Que seu legado seja eternamente por nós praticado.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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