Por Eduardo Luiz
06/10/2023
A eliminação do Palmeiras na Libertadores aconteceu por vários fatores. Como em um desastre de avião, foi necessário uma combinação de falhas para a “tragédia” acontecer.
O Palmeiras iniciou a temporada conquistando a Supercopa do Brasil e o Campeonato Paulista. Apesar do avião estar voando numa boa, várias falhas estruturais já tinham acontecido, como a não reposição para peças fundamentais, que eram Danilo e Gustavo Scarpa.
Antes da não reposição de dois titulares, aconteceu a manutenção de Anderson Barros para o cargo de gerente de futebol. E antes da manutenção de Barros aconteceu a eleição de Leila Pereira para a presidência do Palmeiras.
Para a tragédia acontecer, no entanto, faltava uma falha improvável, que era um erro do piloto. E o piloto errou. Abel Ferreira não se atentou aos sinais, que eram claros, insistiu no erro, e conduziu o Palmeiras para a queda na Libertadores.
Como em praticamente todos desastres de avião, a queda era evitável. Bastava o Palmeiras ter uma presidente competente, um diretor de futebol do ramo, um elenco mais encorpado, e um treinador não tão teimoso.
O que ficam dos acidentes aéreos são os ensinamentos para evitar que se repitam. No caso do Palmeiras os “erros” a serem corrigidos são claros: Leila Pereira precisa ser uma presidente de fato, não uma influencer; Anderson Barros precisa ser demitido, o elenco precisa ser reforçado, e Abel precisa abrir a cabeça.
No momento temos apenas um piloto que precisa ser reavaliado. Competência ele já provou que tem, mas agora, depois de um “acidente grave”, precisa se reciclar, entender como errou, e não repetir. Mas para isso vai precisar ser amparado. As falhas estruturais permanecem. Sozinho ele não vai mais dar conta.
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