Por Roberto Galluzzi Jr.
27/07/2023
Não é raro ouvirmos que “torcedor é o maior patrimônio de um time”. Parece lógico, pois no final das contas somos NÓS que bancamos toda essa resenha. Só que o torcedor é considerado apenas como um gerador de renda e a ele, só se responde dentro do campo.
Sempre foi assim, e parece que nunca iremos mudar. Acontece que a partir do momento que um ingresso custa $300, uma camisa $400, isso sem contar os valores da maldita “aasinatura de tv”, o torcedor deveria ser uma pouco mais considerado.
Consideração que tivemos há 10 anos atrás, por exemplo, quando estávamos afundados em dívidas e presidente da época teve a coragem de reconhecer e explicitar à torcida que os 2 anos seguintes “comeríamos o pão que o diabo amassou”, para só então depois, poder voltar a contratar. E assim foi.
Mas nos parece que exigir coragem ou astúcia dessa diretoria é algo em vão. Bravatas ou declarações bombásticas não servem de muito, quando bem melhor seria esclarecimento público, em alto e bom tom, sobre as verdadeiras condições financeiras do clube e porque, talvez tenhamos que esperar a próxima temporada para, aí sim, termos saúde financeira pra ir às janelas de transferência com a força que nossa camisa demanda.
Mas pouco disso é feito, ficamos a ver navios (ou avião) nessa janela e vamos com o que temos. Sinceramente, acredito na maior boa intenção da tia Leila. Mas também acreditava nas intenções do Belluzzo e terminamos com dívidas milionárias e pouco a comemorar. Ou seja, é bom que a atual administração não meta os pés pelas mãos, porque no terreno pantanoso que é o futebol, o que hoje está em cima, amanhã pode estar no lodo.
Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.
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