Por Eduardo Luiz
26/07/2023
Está escancarado: a imprensa esportiva brasileira – em sua absoluta maioria – persegue Abel Ferreira e o Palmeiras. Os acontecimentos nos últimos jogos, por Brasileirão e Copa do Brasil, deixaram isso claro.
No final de semana o técnico do Flamengo chutou um microfone e a repercussão foi ZERO. Não houve cobrança de equipamento danificado, ou associação da postura do chileno com violência doméstica, como aconteceu com o treinador Palmeirense.
No mesmo jogo, o América-MG reclamou de um pênalti muito mais escandaloso do que o Flamengo reclamou na partida contra o Palmeiras. Novamente o silêncio imperou. Jornalistas clubistas que negam ser clubistas se fizeram de sonsos e abstraíram o lance.
Na partida de terça-feira entre Corinthians e São Paulo pela Copa do Brasil, Vanderlei Luxemburgo bateu boca com um adversário e até o xingou. O tratamento que a imprensa dispensou? Brincadeiras, como do tipo “Luxa está on”. Por uma peitada em Calleri, Abel levou amarelo, o presidente da comissão de arbitragem disse que ele deveria ter sido expulso, e o STJD ainda o julgou. Tudo isso graças ao carnaval que a mídia armou, “indignada” com a postura do português.
Quando fatos iguais ou até mais graves acontecem com figuras de outros clubes e a repercussão é zero, fica claro que o problema não são os acontecimentos, mas sim quem os comete. No caso, Abel Ferreira é perseguido por comandar o Palmeiras – até a forma como ele senta pra dar entrevista já virou pauta… Se espirrar em campo, será acusado de propagar intencionalmente o coronavírus.
A hipocrisia da grande mídia nunca foi novidade, mas agora perderam a vergonha na cara. A perseguição é explícita. Como bem disse o ídolo Alex certa vez, são torcedores com microfone na mão.
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