Por Roberto Galluzzi Jr.
12/06/2023

RE-PERCUSSÃO: Palmeiras é o Brasil que deu certo
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Os rivais não estão apenas “incomodados” com o Palmeiras. Estão assustados. Estão incrédulos como, ano após ano, nosso time consegue se manter como protagonista das competições que participa. E não é apenas sob o guardachuva de orçamentos milionários (como Flamengo-RJ e Atlético-MG), mas através de organização e planejamento, seguidos por diferentes administrações.

Tudo começou há 10 anos, em 2013 – após nossa segunda queda – sob a batuta de Paulo de Almeida Nobre (2013-2016), pedra angular na construção do portal por onde passamos, deixando para trás o passado e reescrevendo nossa história. Depois vieram o Allianz Parque, um belo patrocínio master e… conquistas.

O trabalho se consolidou e foi seguido por Maurício Galliotte (2017-2020), sucessor indicado pelo próprio Nobre, que se não manteve a mesma rigidez social do presidente anterior, conseguiu consolidar o padrão de “excelência” previamente implantado, fortalecendo não apenas a estrutura oferecida ao futebol, mas também a relação com todo corpo funcional do clube, ao amparar e manter o quadro de funcionários mesmo em época da pandemia.

Esse padrão administrativo não foi quebrado com a chegada da nova presidente, Leila Pereira, que manteve o clube austero em seus gastos, peitou uma torcida que não arrefecia nos pedidos por contratações e bancou a filosofia do treinador – o maior achado de um clube brasileiro em décadas – que acreditou no entrosamento, coletividade, caráter e, porque não, pratas da casa.

Pronto, está aí a fórmula de um time vencedor: planejamento, seriedade, continuidade e sobretudo, um modus operandi que coloca o clube além dos interesses de empresários, da pressão da imprensa e da cornetice da torcida.

Essa é a grande verdade, que dói nos outros clubes (a luz alheia escancara sua incompetência) e no final das contas no coração de todos nós brasileiros, sabedores que seriam justamente esses elementos, aqueles capazes de fazer o gigante que vive deitado eternamente em berço esplêndido, finalmente levantar e andar. Aprende Brasil, o Palmeiras deu certo. Você, ainda não.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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