Por Catedral de Luz
28/10/2022
Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/ GALOPE PEREGRINO”, datado de 02/08/2013.
“TOMÉ E SEUS OLHOS VAZADOS” é o retrato vivo da desconfiança de uma torcida que purgava uma Série B e alimentava a esperança por dias melhores, ao custo do advento do Centenário.
A campanha era consistente (9 V, 2 D, 1 E), mas o palmeirense pagava para ver. Tempos difíceis.
Ao compararmos passado e presente, não há do que se queixar. Aprendemos com nossos erros e evoluímos. Mantivemos uma média que nos permitisse o comando Estadual e o pódio Nacional.
Quanto ao Continente Sul-americano, o respeito contraído já responde quaisquer dúvidas demonstradas.
O Mundo? Este nos reserva surpresas. Basta aguardarmos.
TOMÉ E SEUS OLHOS VAZADOS
A torcida desconfia. É normal! Nosso passado deixou fissuras por onde o mal pode passar, se alimentar e crescer.
Embora a campanha alviverde seja digna de comentários elogiosos, há um temor que paira sobre as cabeças esmeraldinas, qual o tempo cinza que se propaga e nos envolve em chuva torrencial.
Contudo, somos a SEP e isto basta para nos confortar e trazer esperança. As dificuldades sempre existiram e sempre foram derrotadas ao longo do tempo e espaço permitidos pela justiça dos homens.
Lembrem dos primeiros campeonatos disputados, adversários enfrentados e rivalidades semeadas. Não nascemos grandes! Passo a passo nos fizemos grandes! Não nascemos conquistadores! Passo a passo conquistamos!
Ao som dos gritos de gols constituímos um dos nossos maiores patrimônios, a Torcida.
Assim sendo, e mesmo que o passionalismo vaze os olhos de todos aqueles que julgam pequena tal travessia, o triunfo é importante. É o único diálogo inteligível entre nós e os outros. É o único desempenho que nos permite vestir honra e dignidade, mais uma vez.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.