Por Tática Didática
30/06/2022
O Palmeiras foi para o jogo de ida das oitavas de final contra o Cerro Porteño defendendo um recorde de 18 partidas invictas como visitante pela Libertadores. E o resultado final da partida, um autoritário 3×0 em cima da equipe paraguaia, define muito bem como o Palmeiras alcançou essa marca histórica.
Podemos dizer que o primeiro tempo em Assunção foi de um jogo bem pragmático pelo lado do Palmeiras. Após bons e sufocantes 10 primeiros minutos, o Alviverde foi mais conservador no restante da primeira etapa, para entender qual seria a proposta da equipe mandante, e não sofrer muitos perigos. O resultado dessa postura foi um jogo sem emoções na primeira metade, com nenhum chute certo ao gol. O Palmeiras não agredia, mas também não sofria com o adversário.
A segunda etapa já é bem diferente, o Cerro Porteño tenta ser mais agressivo e tem boas chegadas pelo lado direito com Benitez atacando o corredor nas costas de Piquerez. Porém o Palmeiras também adianta mais suas linhas, e assim começa a tomar conta do jogo. Em um espaço de 16 minutos, o Verdão cria quatro grandes oportunidades e faz dois gols com Rony, o segundo um golaço em termos de construção coletiva de jogo.
Após abrir 2×0, Abel tira o trio Dudu, Veiga e Scarpa até para poupa-los para o importante confronto contra o Athletico-PR no sábado pelo Brasileiro. O Cerro coloca dois centroavantes e tenta pelo menos diminuir. Vendo que a equipe paraguaia atacava muito com bolas aéreas, Abel reforça a defesa com a entrada de Luan no lugar de Zé Rafael, e consegue fazer o terceiro gol logo em seguida em jogada de escanteio, como ocorre em quase todo jogo.
O Verdão constrói um grande resultado, baseado na sua solidez defensiva, mesmo que isso signifique ser mais pragmático e conservador na primeira etapa. E depois, já com a marcação no adversário mais encaixada, vai adiantando suas linhas e construindo chances de diversas maneiras diferentes demonstrando a enorme evolução do seu sistema ofensivo em 2022.
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