Por Catedral de Luz
15/06/2022

(Foto: Reprodução)

A SEP manteve-se na liderança do Brasileiro/ 2022, ao vencer o Coxa, em Curitiba, neste final de semana.

Ao anotar o primeiro gol do triunfo esmeraldino – 2X0 –, Dudu, atual camisa “7” alviverde sacramentou seu nome entre os maiores artilheiros da SEP – 25’, mais precisamente, ao lado de Júlio Botelho e Milton de Medeiros (Canhotinho) –.

Coincidentemente, entre os craques mencionados, dois deles usaram – um deles ainda enverga – o mesmo número às costas – Dudu e Júlio Botelho – e cada um a seu modo conquistou o respeito outorgado pelos palmeirenses.

Um deles – Júlio Botelho – é filho do final da década de “30 (Século XX)” e fez sucesso na “I Academia”, mas também é lembrado por calar um Maracanã bairrista que exigia Garrincha entre os titulares do selecionado brasileiro. Sonoramente vaiado pelo público, o ponta esmeraldino fintou as vaias verdes e amarelas e arrancou a fórceps os aplausos ao final do jogo.

Mestre Jota descreve “Julinho” como eficiente, técnica e taticamente. Uma economia de adjetivos se lembrarmos de sua importância para a conquista do Estadual de 1959, também conhecido pelo nome de “Supercampeonato”. Porém, o Historiador definiu-lhe cirurgicamente e o parágrafo posterior explica alguns traços de seu caráter, espelho do homem dentro das quatro linhas.

Pelo mesmo viés, Mestre Ezequiel definiu o “algoz de laterais” como “não só um craque autentico, mas digno e ético”, pois recusar-se a envergar a “amarela” porque não jogava em terras tupiniquins – à época, militando no calcio italiano, ele entendia que a prioridade era dos jogadores que atuavam em solo brasileiro – é atitude para poucos.,

Galuppo – mais um dos mestres que desfruto da amizade – define Júlio Botelho como clássico. Certamente, no melhor sentido etimológico que possamos encontrar: Admirável, superior, modelo a ser seguido…

Entretanto, como qualificar Dudu? A outra face da mesma moeda. Melhor continuarmos a assisti-lo e defini-lo ao final de sua carreira, pois ele alcançará números e patamares superiores aos atuais.

Enfim, caros amigos, que momento! O passado e o presente se fundem no mesmo corpo e camisa.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.