Por Catedral de Luz
17/12/2021
Permitam-me um desabafo. Passei toda a temporada de 2021 sofrendo desaforos e recebendo adjetivos distantes da simpatia.
Eu acreditei desde o início no plano de trabalho de Abel Ferreira, mesmo que as injúrias chegassem aos meus ouvidos, ao som de frases como “morrerá abraçado ao lado do Professor Pardal”.
Caros leitores, textos atrás, ao declarar-me “filho da filha” deixei claro que o contato com a mediocridade dos anos de chumbo da história palestrina não foram em vão. Aprendi a valorizar as vitórias e consequentemente as conquistas alviverdes, sejam elas pequenas ou grandes, esperadas ou não.
Assim sendo, quando ouço frases formuladas e repetidas constantemente, como se a miséria retornasse ao seio da família esmeraldina, não tomo outra atitude a não ser lamentar o raciocínio superficial dos “filhos dos filhos da fila”.
Quando percebo que a primeira entrevista de nossa presidente não foi entendida, apesar da transparência acima da média para uma liderança clubística, é fácil sentir que uma guerra civil entre irmãos de mesma bandeira é possível, mesmo com o destino sorrindo a nosso favor.
Mesmo que “Tia Leila” tenha garantido a todos que o time alviverde será um competidor arrojado e protagonista, porém inteligente ao negociar seus reforços, há entre as cornetas ensurdecedoras aquelas que pedem insistentemente a chegada de atletas em final de carreira e beirando seus trinta e cinco ou trinta e seis anos.
– Nome não ganha jogo! – disse nossa presidente. Entretanto, os mesmos “rebeldes sem causa” de sempre continuam a sonhar com Cavani. Nem parece que o Palmeiras e a América se fundiram em mesma amálgama.
O que beira a insanidade são alguns comentários em redes sociais onde críticos contumazes estabelecem prazo para quedas e tragédias anunciadas. Infelizmente, alguns palmeirenses nasceram para não conhecerem a luz do sol.
Mesmo assim a estratégia está definida e ninguém arredará pé da filosofia de trabalho. Um dia, ate aqueles que tateiam penumbra adentro enxergarão com olhos vencedores.
Aliás, não é tarde para lembrar, Abel Ferreira fica. Bom sinal.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.