Por Catedral de Luz
01/12/2021

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Assíduo espectador das lives da Armada, Johnny reside na capital do Piauí, Teresina.

É praticamente impossível não gostar de Johnny, tamanha a sua simpatia.

Como todo e qualquer palmeirense que se preza, Johnny apresenta restrições a alguns jogadores do elenco alviverde. Atacante imprevisível, Deyverson comparece entre eles.

Tal centroavante citado acima dista consideravelmente de uma análise satisfatória. Todavia, assim como qualquer humano, ele também pode viver seus quinze minutos de fama. Basta estar atento aos mínimos detalhes ao seu redor.

Deyverson chegou à SEP há cinco anos. Durante tais temporadas disputou 134 partidas e anotou 30 gols.

Discutíveis à luz do futebol, os números deste carioca marcam pela economia de bolas na rede adversária.

Sendo assim, o exercício reflexivo se faz necessário. Apostar em Deyverson não é garantia de sucesso.

Aliás, Johnny chegou ao mesmo ponto de vista, 30 dias atrás e pela centésima vez. Eu fui testemunha auditiva.

Confesso que fui irônico, mas perguntei ao amigo: – Johnny, e se por acaso Deyverson fizer o gol do título, você teria coragem de mandá-lo embora?

– Elementar, meu caro Catedral – certamente seria a resposta aos interesses de Johnny.

Porém, ele preferiu o manifesto do silêncio. Nem ele, nem ninguém ou mesmo o Papa confiavam no profissionalismo do menino nascido em Santa Margarida. Mesmo que a metafísica sinalizasse antecipadamente frente ao CAM.

Na verdade, o episódio do Maracanã repetir-se-ia em pleno Centenário.

Pergunto: Quem não xingou o técnico Abel quando percebeu que Raphael Veiga seria substituído pela irreverência e inconsequência de Deyverson? Muitos! Menos o português e o menino maluco. Motivos que o trio inglês Police cantara anos atrás e batizara de “Sinchronicity”.

Enfim, depois da bola roubada, da escolha do canto, da batida confiante e da alegria da galera alviverde, ninguém ficou indiferente. Nem eu, nem Johnny, nem o inenarrável atacante Deyverson.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.