Por Catedral de Luz
11/10/2021

(Foto: Reprodução)

Certo dia, “Água”, “Fogo” e “Confiança” resolveram juntos adentrar uma floresta.

Era um ambiente desconhecido por eles e, portanto, próprio para o espírito de grupo. As habilidades somadas fariam a diferença em caso de contratempos.

A Água foi, serena por natureza, o primeiro personagem a falar: – Será simples, caso eu me perca jornada afora. Basta encontrarem a umidade. A umidade é sinal de água.

Entretanto, o Fogo, intenso e constante, não se fez de rogado e participou: – Caso eu me perca, procurem-me através dos sinais de fumaça. Onde há fumaça há fogo.

Atento a tudo e a todos, a Confiança absorvia. Em conflito pensava e tentava distinguir quando ouvir a voz racional e quando ouvir o instinto.

Sabedora de que os amigos eram importantes, a Confiança também não se furtava de sua importância.

Olhando nos olhos locupletados de serenidade da Água e de constância e intensidade do Fogo, a Confiança falou: – Caso eu me perca, não me procurem. Nunca mais me encontrarão.

Entendam, por gentileza. Para ler e pensar.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.