Por Catedral de Luz
11/06/2021

(Ilustração: Reprodução)

Ninguém melhor do que o palmeirense para expressar a dor de uma derrota. O que não falta é intensidade. Dormir com o inimigo – ou inimiga – é virtude para poucos.

Entre lágrimas e ironias, porém, resta-nos o remédio amargo, coisa para quem acha que o futebol vai além da caixa.

Não sou desfavorável à teoria de que o “esporte de todos nós” deve certificar-se da ciência comportamental que o constitui, mas sou contrário ao mesmo solucionar o vazio contido em cada um, feito o “ópio nosso de cada dia”.

Para entender o futebol é preciso levá-lo a sério? Pelo menos é assim que entendem os estudiosos. Porém, até o esporte das multidões desconhece a análise consciente.

Para que você perceba o que falo, caro leitor, basta tomar como exemplo o torcedor alviverde. Quando perdemos – e este é o caso momentâneo –, instaura-se a terra arrasada. Todavia, quando a vitória sorri para nós, não fizemos mais do que o dever cívico e cotidiano. Instinto puro. Injusto? Lamento. Quem falou que o homem passional habita o mundo dos justos?

“Hermann Hesse” estava certo ao afirmar que a sociedade tem como costume levar ao cadafalso todos aqueles para os quais ela prestou homenagens.

Contudo, a exigência do julgador é atenuada quando o réu é si próprio. Todos tem inúmeras explicações para os “erros cometidos”. Afinal: “Errar é humano!”

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.