Por Catedral de Luz
09/04/2021

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Permitam-me falar de “Abel Ferreira”, mais uma vez. Hoje, ele é a síntese do comandante de grupo de trabalho. Exemplo para qualquer profissional que pretenda militar como técnico de futebol, quer queiram ou não.

Esse “Português” terá uma carreira longeva, muito pela sinceridade em suas palavras. Não se esquiva das perguntas e à luz da consciência desarma qualquer probabilidade de duplo sentido.

Quarta-feira, sob seu comando, a “S.E.P.” venceu o “Defensa Y Justicia” pela “Recopa Sul-Americana 2021” e assim como a maioria dos analistas sabe que o time alviverde não encheu os olhos do torcedor, embora suas justificativas sejam absolutamente plausíveis.

O “Gajo” não se ocultou atrás das falhas individuais dos jogadores ao seu comando. Foi franco e criticou-se abertamente. Em seu ponto de vista, por exemplo, as substituições efetuadas não corresponderam ao momento do jogo.

“Abel Ferreira” mesmo quando critica algo que não lhe soa bem é um cavalheiro. É claro que, assim como a torcida, ele espera a chegada de novas opções para o elenco esmeraldino. Opções que fujam do lugar-comum, pois do contrário é melhor trabalhar junto às “canteras”.

Entretanto, não há litígio que faça o técnico alviverde e a diretoria colidirem. Existem propósitos em ambos. O que se discute, talvez, seja até quando a convergência superará a divergência. Afinal, todos os envolvidos cresceram e os objetivos da mesma forma.

Temo “a Supercopa do Brasil” e os ferimentos que ela possa impor à coletividade. Acho que ela é parte de um processo, um meio e não o fim, mas a exigente torcida não poupará o som irritante de suas cornetas, embora o time titular venha de “10” dias de férias, onde todos esqueceram completamente o futebol.

Todavia, quando mais o elenco é cobrado mais ele nos surpreende.

“Abel Ferreira” tem a receita. Aquela que sustenta os sonhos e faz a diferença nas pequenas observações. Para que ela prossiga basta que o amor continue a respirar e pulsar em cada palmeirense.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.