Por Catedral de Luz
18/01/2021
Semana intensa, dois lados da moeda… Inferno contra o “River”, céu contra o “Grêmio”… Melhor seria se a vitória viesse e confirmasse a superioridade exibida dentro das quatro linhas.
Mas a polêmica rompe com as convenções estabelecidas e vai além. O título “Estadual” e as duas finais garantidas, “Copa do Brasil e Libertadores”, não foram suficientes para evitar o veneno da “Turma do Amendoim”.
O número de jogos, contusões e pandemia não justificam as oscilações esmeraldinas, para os olhares implacáveis dos corneteiros. Jogadores, para eles, são máquinas, e como tais, adeptos do liga-desliga.
Mesmo assim, pasmem, guerreiro por natureza, o elenco alviverde tira forças do nada e não vê a hora de repousar das batalhas infindáveis.
Somadas às dificuldades cotidianas, frutos dos treinamentos, concentrações, jogos, rivalidades e pressões – imprensa e torcida –, agora a nomenclatura própria dos que percebem o futebol dentro da caixa chamam os jogadores da “S.E.P.” de covardes.
Acho que o torcedor comete o equívoco em confundir covardia e medo. “Gandhi” desfaz a dúvida ao citar que “o medo tem alguma utilidade, mas a covardia não”.
O medo permite mensurar o prejuízo incalculável da derrota e agir de forma reversa. Em determinados momentos, porém, o emocional misturado com o físico não respondem afirmativamente e aí a coragem é a última tentativa, onde o futebol vira guerra e os guerreiros alviverdes lutam pela vida.
Mas parece que tudo isso é bobagem deste “passador de pano”, como alguns me batizaram.
Convivo com as críticas, respeito, mas mantenho o meu direito de externar pontos de vista, pois foi assim que aprendi a ajudar a “S.E.P.”. Agregando e convergindo cabeças.
Estamos próximos e distantes ao mesmo tempo. Cabe a nós escolhermos a alternativa correta.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.