Por Catedral de Luz
30/10/2020
Fomos agraciados na quarta-feira próxima passada com a oportunidade única de entrevistarmos o estudioso “Joza Novalis”, um dos maiores conhecedores do futebol Sul-Americano e que afetuosamente apelidamos de “Cap. América”. Aliás, mais um gol de placa anotado pelo emergente canal – do qual faço parte – “Armada Palestrina”.
O objetivo da “live”, o próprio nome dela deixava claro: “O QUE A AMÉRICA DO SUL PODERIA OFERECER PARA O PALMEIRAS?”. O mundo mudou, a “América” mudou, o cone sul escolheu o novo e nós não podemos virar as costas para a ciência, tecnologia, estratégia e planejamento. Queremos conquistar o continente, mais uma vez. Para isso é mister que saibamos onde acomodamos nossas colunas.
É obrigatório – e o profissionalismo é responsável por esta parte – conhecer a fundo os nossos inimigos para não sermos surpreendidos. Conforme “Joza Novalis”, não podemos nos limitar ao entendimento tático/ técnico do adversário seguinte, mas de todos, principalmente aqueles ascendendo no gráfico evolutivo. Talvez esteja aí o sucesso ano após ano do time do Técnico “Marcelo Daniel Gallardo”.
O “Delfín Sporting” de “Manta”, no “Equador”, sorteado como nosso adversário, foi dissecado pelo “Cap. América” e não foi interpretado como o adversário menos qualificado das oitavas de final. No entendimento dele, o “Club Libertad” é a zebra desta fase e um exemplo claro da desordem administrativa que move hoje o futebol do Paraguai.
Sendo assim, caso passemos pelo “Delfín”, a chance maior é de encaramos a altitude de “Cochabamba” e enfrentarmos o “Wilstermann”. Mas não pensem em tarefa tranquila. “Joza” aponta para um modelo propositivo e que vem produzindo, a cada jogo, mais e melhor. O que conspira, talvez, para o emergente “Aviador de Cochabamba” é a ausência da “hincha” dos estádios bolivianos. Eles fazem a diferença e o fluído emocional transferido aos atletas dentro das quatro linhas é espantoso.
Ao completarmos as quartas de final chegaremos ao “marco definitivo”. Faremos frente, provavelmente, ao argentino “River”. E aí, ilustres palestrinos, sem mais delongas separaremos os homens dos meninos. O estudioso “Joza” não escolhe palavras e enfatiza o favoritismo da equipe portenha. Ele acredita que o tempo limitado para efetivar um novo conceito futebolístico será o nosso algoz.
Enfim, ao analisarmos a “Copa Libertadores” percebemos que ela amadureceu como disputa e não permite estagiários decidindo destinos. A guerra que pautava os jogos continua, mas não é o centro das atenções. Ciência e tecnologia forçaram os clubes a repensar seus hábitos competitivos e o romantismo contido nas “canteras”, paulatinamente, será absorvido pelas páginas da História.
Onde nos encontramos, amigos alviverdes? Em estado de alerta constante, pois o futuro da “S.E.P.” dependerá das ações tomadas hoje. Criar um modelo de trabalho que polarize todas as categorias e conceituar uma forma de jogar são necessidades básicas para a sobrevivência de quem quer competir e ganhar.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.