Por Catedral de Luz
23/09/2020

(Foto: Ilustração)

Embora atue à frente do time alviverde, aqui jaz “Luxemburgo”.

Partida a partida, o nosso “Professor” foi deixando a ribalta e perdendo a confiança da torcida, embora “16” jogos invictos, “8” vitórias (“4”, fora de casa) e “1” título.

Algumas cabeças entendem que “Luxemburgo” envelheceu nos conceitos e a ousadia não é mais premissa de seus dotes técnicos, embora o instinto de mudar os rumos de um jogo durante a disputa ainda respirem. Algo que a “Fórmula I” definiria como “um bom acertador de carros”.

Todavia, o que faz um técnico intitular-se moderno ou ultrapassado?

Geralmente, o “moderno” está associado à novidade tática existente dentro das quatro linhas, quando você surpreende o adversário, vence e acumula pontos e permite que a conquista de um campeonato seja algo tangível.

Enfim, a modernidade é um pacote completo. Ao melhor estilo do Século XXI.

Contudo, há mais dentro desta “caixa de Pandora”. A “roupa nova e colorida” do modernismo no futebol funciona quando se reconhece até onde o trabalho executado pode chegar.

“Reconhecer limites” é a chave mestra para qualquer treinador candidato a formador de opiniões.

Defendo uma tese, quiçá polêmica, mas original, onde “não existe um técnico indefinidamente bom”.

Da mesma forma que jogadores, técnicos vivem fases de profunda inércia de suas qualidades primordiais.

Entretanto, o que faz um técnico bom diferenciar-se de um técnico ruim, à luz do sucesso, é o reconhecimento tácito do material humano disponível em mãos e a sabedoria ao extrair deles o melhor.

Ocasiões existem onde inicia-se um trabalho e atenta-se que o título “passa ao largo”. Monta-se uma estratégia para chegar o mais próximo possível e a ideia é comprada pelo elenco que inexplicavelmente supera as expectativas.

E onde incluímos “Luxemburgo” nesta “roleta russa”? A sentença foi dada e a despeito de seu currículo o moribundo aqui jaz.

Fruto de frases mal colocadas, Luxemburgo corre o risco inoportuno da sátira, embora conhecer o futebol como ele poucos profissionais conheçam.

A covardia, por exemplo, nunca fará parte da história do “Estrategista”. E para chamá-lo assim, você precisará conhecê-lo em sua essência.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.